quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CHUNKING, TEORIA U E OS PROFISSIONAIS MULTI TAREFAS



Olá amigos!
Realmente “chunking” é um termo que compõe a classe das novas palavras. Mas para entendê-lo, o chunking, vamos dar uma passada na revolucionária Teoria U, criada por Otto Scharmer, para podermos fazer uma correlação com uma categoria crescente de “profissionais”, os multi tarefas.
A Teoria U propõe níveis mais profundos de aprendizado e de reação aos sentimentos humanos. Nesta proposição espera-se que entre o pensar e o agir haja uma possibilidade de ver além da pura reação emocional, ou seja, que possamos estar pleno do nosso poder a fim de respondermos às questões cotidianamente impostas. Evitando assim, uma postura meramente reativa ao complexo universo de circunstâncias que nos cerca.
O “chunking” descreve como a memória humana funciona. Entrando um pouco mais no início desta história: George Miller, psicólogo estadunidense, um dos criadores da ciência cognitiva moderna, em seus estudos conclui em termos gerais que a consciência pode manejar, pelo menos sete segmentos ou elementos, os chunks – pedaços, de informação ao mesmo tempo. Portanto, não temos tanta capacidade de memória, e é limitada a memória de curto prazo, a de segundos ou minutos, para armazenar letras, palavras, números e etc.
Agora vamos conversar sobre o multitarefas, aquele personagem organizacional que conhecemos tão bem e que às vezes nós mesmo não escapamos de encarnar este papel. Quando o protagonizamos, orgulhosamente batemos no peito e dizemos o quanto realizamos enaltecendo a nobreza que existe em realizar várias atividades ao mesmo tempo, tais como: dirigir, falar no celular e ainda olhar coisas interessantes que passam nas calçadas, que perigo! Participamos de reuniões e não tiramos o olho do computador, respondendo e-mails, vendo as últimas notícias e etc. Quanta atenção dedicada. E quando o multitarefa recebe alguém na sala? Delibera e conjuntamente entre uma conversa e outra no celular, dá uma olhadela rápida no computador. Que bela demonstração de foco e cuidado!!
Dadas estas questões, podemos perceber o quanto podemos fazer para melhorar a nossa condição profissional, qualidade de vida e os nossos relacionamentos. Para tanto é preciso que percebamos a forma que escolher lidar com as situações e qualidade de respostas que podem ser fornecidas. É aí que entra o chunking. Como praticá-lo?
Primeiro, entendendo o quanto perdemos em qualidade quando não nos fixamos em focar determinadas tarefas que poderiam ser priorizadas, agilizadas e finalizadas a contento.
“Chunking” é o conceito de dividir o seu dia em partes ao invés de reagir a cada “emergência”. Quanto mais partes de tempo você puder dedicar a tarefas específicas, menos perdas ou vazamentos de energia existirão. Realizando cada coisa a seu tempo, certamente, você terá mais tempo e vai fazer mais coisas. E como bônus, já que vai poder focar numa única tarefa por vez, você vai fazer melhor as suas atividades. Percebe o ganho?
Um bom exemplo no trabalho é dedicar-se a um assunto de cada vez com princípio, meio e fim, sem interrupções para pequenas “urgências”, telefonemas e outras distrações. Outro exemplo prático é a leitura e respostas de e-mails que podem ser direcionados para um ou dois momentos do dia e não a cada cinco minutos, digamos assim. Pense o quanto produtivo esta divisão pode ser. Logicamente isto mexe com hábitos e até mesmo culturas instaladas e que necessitarão de mudança do padrão mental.
Realização de reuniões eficazes, feed backs assertivos, relatórios prontos no prazo e principalmente a percepção da equipe, da sua atenção, educação e crescimento são outras possibilidades quando segmentamos e evitamos as perdas geradas pelo hábito da realização da multi tarefa.
Portanto, a busca pela maior eficiência e produtividade tem um aliado que indica o distanciamento do problema para melhor análise, construção de foco e a sistematização de atividades, que é denominada de chunking.

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